Embora as pessoas idosas sejam consideradas, em vários lugares do mundo, como símbolo de sabedoria e respeito, a violência contra idosos é uma realidade em várias nações, inclusive na brasileira.
Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nosso país já tem mais de 28 milhões de idosos, o equivalente a 13% do país. Então, como continuar contribuindo para que as pessoas vivam mais e melhor? O combate à violência é essencial!
Neste artigo, você confere como identificar situações de violência contra idosos, formas de denunciar e como evitar que esse problema aconteça na sua ou em outras famílias.
O que pode ser chamado de violência contra idosos?
Ajudar a combater a violência contra idosos é dever de todo cidadão. Para você contribuir de maneira eficaz, é muito importante conhecer todos os tipos de violência, que vão além da agressão física.
- Violência mental / psicológica: Quando o idoso tem sua liberdade infringida e, sem justificativas de segurança, tem seu direito de ir e vir negado, isso se constitui uma violência. Há casos em que o idoso não tem mais acesso ao lazer, estudos ou outras práticas que contribuem para o bem-estar. E as famílias podem justificar falta de tempo ou de recursos financeiros, quando questionadas sobre essa situação.
- Violência física: Esse é tipo mais visível, quando há ferimentos e lesões. Quem convive com os idosos pode ficar alerta diante de qualquer sinal já que, em função da fragilidade do corpo, as agressões podem ser muito graves, ou, até mesmo, fatais.
- Violência financeira: O abuso financeiro também é comum, infelizmente. Acontece quando a família ou outras pessoas de convivência passam a controlar os recursos financeiros do idoso para benefício próprio.
- Abandono: O excesso de trabalho e rotinas corridas são usados como desculpas para que os familiares deixem de lado a convivência com a pessoa idosa, especialmente nos casos em que são necessários cuidados especiais. Importante ressaltar que contar com profissionais e instituições especializadas no cuidado à pessoa da terceira idade não pode ser tomada como abandono, desde que a família continue mantendo contato.
- Violência sexual: Qualquer prática, aliciamento, contato físico e insinuações que aconteçam sem o consentimento do idoso. Podem incluir ou não a relação sexual.
- Negligência: Por fim, vale destacar também a negligência, quando a assistência básica é omitida ou negada. Podem ser cuidados de saúde, alimentação, roupa ou mesmo afeto.
Violência contra idosos no Brasil
Em 2018, o Disque 100 recebeu mais de 37 mil denúncias de violência contra idosos em todo o Brasil. O balanço mostra que houve aumento de 13% dos números de caso, em relação ao ano anterior e corroboram que a violência acontece, em grande parte, dentro de casa (85% das ocorrências).
Segundo dados divulgados pelo serviço, 52,9% dos casos registrados são cometidos pelos próprios filhos. Os netos aparecem em seguida e são responsáveis por 7,8% das violações. A maior parte das vítimas (33%) tem entre 71 e 80 anos e as mulheres são as que sofrem mais casos.
Os principais tipos são:
- Negligência (38%);
- Violência psicológica (26,5%);
- Violência financeira (19,9%);
- Violência física (12,6%).
Violência contra idosos no mundo
A violência contra idosos é cometida em lares do mundo todo. Segundo o Relatório de Prevenção contra os Maus Tratos a Idosos, da OMS, Portugal, Sérvia, Áustria, Israel e Macedônia são os países com maior ocorrência de violência contra idosos.
Para se ter uma ideia da gravidade do problema, 39% dos idosos portugueses sofrem violência. Os dados são preocupantes e reforçam a urgência de falar sobre esse assunto em âmbito global.
Preconceito contra idosos
A violência é um dos reflexos do preconceito contra idosos que boa parte da população apresenta. O desrespeito à Terceira Idade é uma realidade que precisa ser combatida.
Tratar idosos de forma infantil, duvidar da sua capacidade, limitar seu convívio com outras pessoas e até duvidar de suas memórias são algumas das situações diárias por quais os idosos passam.
E, alguns estereótipos reforçam o preconceito, como a ideia de que idosos são incapazes e de que envelhecer é uma coisa ruim.
Violência X Pandemia
A pandemia do novo coronavírus mudou completamente a vida das pessoas, em escala global. Além da recomendação de não sair de casa e serem um dos grupos de maior risco da doença, os idosos também têm que lidar com a violência, que cresceu de forma significativa, desde o início do isolamento social.
A medida, tomada como forma de prevenção à contaminação do vírus, tem intensificado o convívio familiar e os abusadores se aproveitam disso para aumentar a prática violenta.
Para se ter ideia desse aumento, em março, o Disque 100 recebeu 3 mil denúncias. Em abril, o número foi de 8 mil denúncias e, em maio, quase 17 mil.
Esses dados revelam que os abusadores se aproveitam da vulnerabilidade para aumentar os casos de violência contra idosos. Um cenário que precisa ser combatido!
Como denunciar violência contra idosos?
A violência contra idosos pode e deve ser denunciada. Conheça os principais canais para fazer isso:
- Disque 100: o Disque 100 funciona 24 horas por dia e recebe qualquer denúncia de violência contra direitos humanos. É só ligar para o número 100, de qualquer telefone.
- Proteja Brasil: aplicativo que usa a central de atendimento do Disque 100.
- 190: ligue 190 e acione a polícia local.
Como combater a violência contra idosos?
De acordo com o Estatuto do Idoso, todas as pessoas são responsáveis por proteger a dignidade da pessoa idosa e é
“obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar”.
Ou seja: todos precisamos combater a violência contra essas pessoas! O acompanhamento da família ajuda a identificar essas situações. Mas, caso você conheça algum idoso e desconfie da violência, não é preciso ser parente para agir.
VIVA Monitoramento: ajuda imediata, 24h por dia, com um simples apertar de botão
Outra forma de lutar contra a violência é com o acompanhamento profissional, além do monitoramento de idosos, por meio de sistemas tecnológicos.
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