O tempo não para. Cada vez mais, a expectativa de vida aumenta e a população envelhece em todo o mundo. Mas, será que estamos preparados para isso? Como o Brasil tem lidado com esse fenômeno? Como está a realidade da previdência, do sistema de saúde e a mentalidade social em relação ao aumento dessa faixa etária?
É sobre isso que vamos falar hoje: os desafios enfrentados por uma sociedade cada vez mais envelhecida.
Envelhecimento populacional no Brasil
- Em 2050, o Brasil será o 6º país mais velho do mundo, à frente de todos os países desenvolvidos.
- Em 2019, o número de idosos no país chegou a 32,9 milhões e, atualmente, já existem mais pessoas com mais de 60 anos do que crianças de até 9 anos de idade.
- Segundo uma projeção feita pelo IBGE, em 40 anos, 25,5% da população brasileira terá mais de 65 anos.
Como você pode ver, o aumento de idosos no Brasil nos últimos anos é evidente e já é certo que a população idosa ultrapassará a de crianças e adolescentes. As pessoas estão tendo menos filhos e, em contrapartida, a expectativa de vida está aumentando.
Para se ter uma ideia, na década de 60 a média era de 6 filhos por mulher. Em 2017, esse número mudou para 1,7 filho/mulher. A expectativa de vida, que era de 45,5 anos em 1940, agora está em 76 anos.
Esse fenômeno, chamado por especialistas de “Tsunami prateado”, está resultando em diversos impactos no mercado, nas políticas governamentais e de saúde.
Quais os desafios do envelhecimento populacional
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Previdência e aposentadoria
Uma das grandes discussões em torno da longevidade é a questão previdenciária. Em 2018, a razão de dependência da população era de 44%. Isso significa que para 100 pessoas com idade para trabalhar (15 a 64 anos), 44 estavam inativas e, em teoria, dependiam da faixa ativa.
Em 2039, porém, essa razão vai para 51,5% e a tendência é que ela cresça cada vez mais. Com isso, teremos no país mais pessoas sem idade para trabalho do que em atividade.
É claro que, quando observamos a situação real, sabemos que as pessoas acima de 65 anos, mesmo em idade para se aposentar, continuam trabalhando por necessidade de se sustentar. E isso é o reflexo de um dos desafios do envelhecimento populacional: como manter as pessoas com idade avançada sem que seja necessário que continuem trabalhando.
Ao mesmo tempo, ainda entra na discussão a questão deficitária e superavitária, ou seja, se a previdência social brasileira arrecada mais ou menos do que distribui e se essa conta fecha para os cofres públicos.
Mesmo com as propostas de reforma previdenciária entregues pelo Governo Federal em 2016 e 2019, a situação ainda está longe de ser resolvida.
Ociosidade na aposentadoria
Ainda no tópico aposentadoria, é interessante dizer que um desafio intrínseco é o de ocupação durante o tempo livre. Atualmente, as pessoas que chegam à terceira idade e se aposentam se veem com mais 30, 40 anos de tempo de vida. E mais: com saúde e atividade mental em plenas condições.
Essa inatividade prolongada pode gerar sentimentos de solidão, doenças mentais como depressão, ansiedade, distúrbios de sono, uma vez que a pessoa se sente sem utilidade.
Já é, portanto, um desafio da sociedade encontrar ocupações para esse tempo livre ou, ainda, prolongar o tempo de trabalho.
Veja o que fazer depois da aposentadoria.
2. Etarismo e “ageísmo”
Outro ponto que ainda engatinha nos debates sobre envelhecimento populacional é o etarismo ou “ageísmo”, que consiste no preconceito contra idosos.
São muito presentes na sociedade as crenças de que as pessoas mais velhas são incapazes, deveriam ficar em casa, que não estão mais em idade funcional e sexual ou que não podem mais ter a independência que tinham quando eram mais novas.
Esse preconceito acaba quebrando a autoestima na terceira idade e fazendo com que os próprios idosos acreditem que não são capazes de controlar sua vida.
3. Regulamentação da atividade de cuidadores
Junto com as pessoas que são totalmente capazes de seguir a vida, existem, é claro, os idosos que precisam de ajuda para se alimentar, se vestir, regular seus medicamentos diários, se higienizar e outras tarefas.
Para isso, é possível contar com a função das cuidadoras de idosos. Você sabia que essa é a carreira que mais cresceu no Brasil na última década? Foi um aumento de 547% no número de profissionais. Um reflexo, é claro, do envelhecimento populacional.
Porém, mesmo com a consolidação da profissão, os cuidadores ainda lidam com a falta de regulamentação e cursos de formação para se capacitarem melhor para a função.
Profissões relacionadas, como a Geriatria e Gerontologia, também apresentam uma lacuna em relação à demanda, principalmente nos Estados do Norte e Nordeste do país. Ou seja: faltam pessoas capacitadas para lidar com essa faixa etária.
4. Saúde e envelhecimento populacional
Diante dos números relacionados à longevidade da população, o setor de saúde deve voltar cada vez mais sua atenção ao envelhecimento.
Mais do que investir em programas de saúde do idoso, é preciso concentrar esforços na medicina preventiva. Isto é, uma abordagem do sistema de saúde que priorize evitar doenças em vez de curá-las.
Isso porque, com tantas pessoas com idade avançada, o sistema de saúde teria custos muito mais altos com leitos, UTI, medicamentos e tratamentos e seria provável uma superlotação hospitalar.
Atualmente, as doenças que mais matam no país são
- Doenças cerebrovasculares (AVC, ataque cardíaco e aneurismas)
- Diabetes mellitus
- Pneumonia
- Infarto
Todas elas são ligadas a hábitos de vida que poderiam ser mudados durante a juventude e, com isso, possivelmente prevenidas. A medicina preventiva tem como proposta:
- Incentivo à prática de exercícios físicos regulares ao longo da vida;
- Antitabagismo e antialcoolismo;
- Nutrição balanceada;
- Monitoramento de sinais vitais e exames periódicos para detecção precoce de doenças;
- Controle de estresse, com acompanhamento psicológico e atividades como yoga, meditação, terapia ocupacional e outros
- Vacinação desde o nascimento para imunização contra doenças infecciosas.
Monitoramento de idosos
Diante do cenário que exploramos aqui, você pode ver que o mercado ainda precisa evoluir muito para acompanhar o envelhecimento populacional.
A boa notícia é que alguns setores já vêm há anos se aprimorando para atender a essa faixa etária, como é o caso do Monitoramento Pessoal de Idosos. Este é um serviço voltado à proteção e saúde da pessoa com idade avançada, totalmente alinhado à realidade atual.
Pessoas idosas que mantém sua independência e autonomia, mas que precisam de um suporte para sua segurança, podem contar com o serviço de monitoramento.
Feito à distância, ele funciona por meio de um botão de emergência que pode ser usado como uma pulseira ou pingente. Diante de qualquer necessidade ou caso o idoso se sinta mal, ele aperta esse botão, que aciona automaticamente uma central de monitoramento.
Os operadores entram em contato e tomam as devidas providências o mais rápido possível. Tudo isso sem atrapalhar a privacidade do idoso, mas oferecendo mais tranquilidade à vida do idoso e de seus familiares.
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