Pacientes com Doença de Alzheimer agora tem uma nova esperança de tratamento para desacelerar a evolução da doença. A pesquisa AMBAR (Manejo de Alzheimer por Substituição de Albumina), realizada pela empresa farmacêutica espanhola Grifols, há 17 anos, mostrou uma redução de 61% na progressão da doença em pacientes em estágio moderado ou leve.
A boa notícia veio recentemente, em 2020, com a conclusão da primeira fase do estudo, e agora será aprofundada pela farmacêutica para novos testes.
Quer entender melhor como funciona o tratamento? Veja agora tudo sobre o procedimento AMBAR e sua eficácia contra o Alzheimer.
Como funciona o tratamento AMBAR?
O procedimento Ambar consiste em uma terapia de troca plasmática, capaz de extrair o plasma do sangue de uma pessoa mais jovem e saudável e fazer a transfusão para um paciente com Alzheimer.
Durante o processo, o plasma é separado das células sanguíneas (plaquetas, glóbulos brancos, vermelhos) e é feita a remoção de substâncias tóxicas.
Esse procedimento, conhecido como plasmaférese, já é utilizado para combater outras doenças neurológicas e ligadas ao metabolismo e ao sistema imunológico, como a síndrome de Guillain-Barré.
O foco aqui é a inclusão da albumina durante o procedimento, que consiste em uma proteína encontrada no plasma sanguíneo. A troca plasmática deve ser feita periodicamente, para ter os resultados esperados.
O resultado é a eliminação da proteína beta-amilóide, que causa danos aos neurônios ao se acumular no cérebro dos pacientes com Alzheimer.
Como foi feita a pesquisa?
O estudo AMBAR foi realizado na Espanha e nos Estados Unidos entre 2012 e 2019 e recrutou 347 pessoas de 55 a 85 anos. Todos são pacientes diagnosticados com Doença de Alzheimer em estágio leve a moderado – com 18 a 21 pontos no Mini-Exame do Estado Mental (MMSE), uma escala que avalia a capacidade cognitiva e indica a presença de demências.
Os pacientes foram divididos em quatro grupos, sendo três que receberam diferentes doses de albumina e um grupo que recebeu placebo.
Quais os resultados da pesquisa?
O resultado foi uma queda significativa (61%) na progressão da doença, se comparado com o grupo tratado com placebo. No total, os pesquisadores observaram uma redução de 71% na deterioração mental clínica dos pacientes, de maneira geral.
Houve melhora na:
- Qualidade de vida dos pacientes;
- Memória;
- Linguagem;
- Velocidade de processamento de informações pelo cérebro;
- Nas habilidades funcionais, oferecendo mais autonomia ao paciente;
- E até no relacionamento com os familiares.
A boa notícia, portanto, é que o tratamento se mostrou eficaz em contribuir com a rotina dos pacientes, com uma doença que afeta tanto a qualidade de vida. As pesquisas relacionadas ao Alzheimer, em geral, são voltadas a reduzir os casos de pacientes ainda sem sintomas ou com estágio muito leve.
Tratamento em fase inicial
Apesar de ser uma ótima motivação para os pacientes com Alzheimer, o tratamento ainda está sob testes e não pode ser comercializado.
Neste momento, a farmacêutica Grifols, que financiou o tratamento, se uniu ao Ace Alzheimer Center Barcelona para a criação do primeiro centro especializado no procedimento Ambar.
A ideia é que o tratamento seja colocado em prática clínica para complementar os resultados dos estudos. Esta seria uma prática preliminar à implantação comercial pelo mundo.
O centro, se devidamente autorizado pelas organizações de saúde, será referência para outros países e, inclusive, a empresa já está em contato com instituições dos Estados Unidos e da China.
É interessante lembrar que ainda não há cura para o Alzheimer e nem um tratamento aprovado que desacelere a progressão da doença.
O que é Alzheimer?
A Doença de Alzheimer é a principal causa de demência irreversível, presente principalmente entre os idosos com mais de 65 anos.
Ela consiste na degeneração progressiva da cognição, o que acaba comprometendo a memória do paciente, a autonomia, capacidade de julgamento, controle do comportamento, entre outros sintomas.
Infelizmente, o número de diagnósticos da doença tem aumentado em todo o mundo e vem junto com o envelhecimento da população. A estimativa é que, em 2050, existam cerca de 80 milhões de pessoas com Alzheimer.
Como cuidar de pessoas com Doença de Alzheimer?
Apesar dos avanços nas pesquisas, ainda não se sabe ao certo quando o tratamento estará disponível no mundo e, principalmente, no Brasil.
Enquanto o procedimento ainda não é liberado, é importante:
- Manter as consultas com o médico, que pode ser um neurologista, psiquiatra ou geriatra.
- Também é fundamental fazer o uso correto da medicação. Os remédios para Alzheimer são cruciais para reduzir o avanço da doença e amenizar os sintomas.
- Fazer exercícios cognitivos que estimulem o raciocínio, como a terapia ocupacional e atividades como jogos, artesanato, leitura, palavras-cruzadas e outros.
- Fazer exercícios físicos e fisioterapia, que fazem bem para a saúde do idoso como um todo, ajudam a prevenir quedas, dores nas articulações, melhorar o equilíbrio
- Manter uma alimentação saudável, sobretudo com vitaminas C e E e ômega 3, que têm ação antioxidante fundamental para o tratamento do Alzheimer e a prevenção da degeneração das células.
Como dar mais segurança ao paciente com Alzheimer?
Além de proporcionar uma vida mais saudável, é importante cuidar da segurança de pessoas com Alzheimer, já que a doença afeta o raciocínio e as capacidades mentais.
É muito comum, por exemplo, que os pacientes saiam de casa sem avisar aos cuidadores ou familiares e acabem se perdendo enquanto estão nas ruas.
Para ajudar a manter a família tranquila e devolver a autonomia dos pacientes, existe o serviço de Monitoramento Emergencial de Idosos. O paciente passa a portar um botão SOS, que pode ser usado como um relógio ou pingente, tanto em casa quanto na rua.
Caso a pessoa se sinta mal ou tenha alguma emergência, ela aperta o botão, que aciona imediatamente uma Central de Monitoramento 24 horas. Os operadores, em pouquíssimos segundos, entram em contato com o paciente, com a família ou outros contatos e tomam as providências necessárias.
Além disso, o dispositivo conta com localização por satélite, que permite saber exatamente onde o idoso está, em um mapa que pode ser acessado pelo computador ou pelo celular.
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