Dentre as doenças que mais atingem idosos em todo o Brasil está a artrite reumatoide. Essa é uma condição autoimune que geralmente acomete duas vezes mais mulheres do que homens, na idade entre 50 e 70 anos.
Neste texto, vamos falar um pouco mais sobre as condições da artrite reumatoide, quais são os sintomas, como é feito o diagnóstico e como tratar essa doença ou pelo menos amenizar seus impactos no dia a dia.
Se você foi diagnosticado com artrite reumatoide ou conhece algum idoso que foi acometido pela doença, leia este texto e siga bem informado sobre o assunto.
O que é artrite reumatoide?
A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune crônica. Nela, o próprio sistema imune ataca lenta e progressivamente as membranas sinoviais, que são os tecidos que revestem as articulações do corpo humano.
Essa doença é perigosa e também pode atingir o tecido conjuntivo de órgãos internos, como coração, pulmão e rins.
A artrite reumatoide é incurável, mas seu diagnóstico e possibilidades de tratamento têm evoluído muito ao longo dos anos. Dessa forma, o progresso da doença consegue ser controlado e desacelerado, estendendo a qualidade de vida do portador.
Existem estudos que indicam que podem existir fatores genéticos que contribuem para o aparecimento da doença, já outros pesquisadores defendem que a artrite reumatoide se inicia após uma infecção que serviria como gatilho para essa disfunção do sistema imunológico.
Quais os sintomas da artrite reumatoide?
Doenças autoimunes, como a artrite reumatoide, são aquelas em que o sistema imune passa a atuar de maneira descontrolada e a atacar os tecidos do próprio corpo. É como se o corpo lutasse contra si mesmo a maior parte do tempo, em um processo extremamente cansativo e doloroso para quem possui a doença.
Os sintomas costumam ser graduais e de progressão lenta. O mais característico é a rigidez matinal, onde as articulações, principalmente das mãos, ficam rígidas no início da manhã, durando pelo menos 1 hora.
Dentre os sintomas gerais é comum dor, inchaço, calor e vermelhidão ao redor das articulações menores como punho, dedos das mãos e dos pés. Essas dores costumam ser simétricas, ou seja, acometem de forma semelhante nas articulações do lado direito e esquerdo do corpo.
Outro sintoma que pode estar presente são os físicos, como fadiga, devido à anemia que a doença pode provocar.
O risco de quedas também é aumentado, já que há fraqueza nas articulações e perda de equilíbrio.
Invariavelmente, com o curso da doença, há uma destruição progressiva das articulações, evoluindo com deformidades mais frequentemente vistas nos dedos das mãos.
Apesar do curso da doença geralmente ser lento, há casos mais raros em que os sintomas são mais agressivos, de aparecimento súbito e rápida progressão, podendo atingir inclusive órgãos internos.
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Qual a expectativa de vida de pacientes com artrite reumatoide?
A artrite reumatoide não tem cura, mas é possível controlá-la durante o seu curso e a expectativa de vida de quem tem a doença é de 86,7 anos.
No decorrer das últimas décadas, com o avanço na tecnologia do tratamento, com uma forma melhor de entender a doença e o seu diagnóstico cada vez mais precoce, a expectativa de vida dos portadores da artrite reumatoide aumentou consideravelmente. Entre 1986 e 1998 a expectativa era de 76,7 anos e aumentou no período entre 2002 a 2012.
O tratamento busca devolver a qualidade de vida perdida pela doença, aliviando a dor, suprimindo a atividade inflamatória, melhorando a mobilidade e o bem-estar.
Durante o tratamento é importante também focar na tentativa de prevenir as alterações articulares e quando estas já estão estabelecidas, na correção das mesmas, através do uso de órteses, cirurgias realinhadoras ou até implantação de próteses.
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Qual o exame para detectar artrite reumatoide?
O diagnóstico da artrite reumatoide não é simples e se dá através do exame físico, exames de imagem e exames laboratoriais.
Por este motivo é sempre muito importante que o idoso esteja em contato diretamente com o médico especialista (Reumatologista ou, em princípio, um Geriatra) para que esse diagnóstico possa ser feito o quanto antes.
Dentre a grande gama de exames complementares para detectar a artrite reumatoide estão Raio X, Ultrassonografia, Ressonância magnética, Velocidade de Hemossedimentação (VHS), Proteína C Reativa (PCR), Fator Reumatoide, Fator Anti-nuclear.
Qual o melhor anti-inflamatório para artrite?
A artrite reumatoide oscila entre momentos de “repouso” e fase inflamatória.
Por este motivo podem ser usados diversos tipos de anti-inflamatórios não hormonais e corticosteroides para o tratamento, além de imunomoduladores para evitar a progressão da doença.
A medicação precisa ser escolhida de acordo com o paciente, a depender da fase em que a doença se encontra, de suas alergias, outras doenças concomitantes, uso de outras medicações. O médico saberá escolher a melhor medicação a depender de qual fase estiver presente, sendo o Reumatologista o especialista mais capacitado para o tratamento.
É muito importante que nenhum medicamento seja ingerido sem a devida prescrição médica. Afinal, qualquer medicamento ingerido pode causar transtornos e o desenvolvimento de outras doenças no corpo.
Por este motivo, o idoso deve ter sempre um médico de confiança que irá acompanhá-lo, prescrever medicamentos ou indicar outro profissional qualificado para que todo o procedimento de diagnóstico e tratamento da doença seja feito.
Como cuidar de idosos com artrite?
Além dos cuidados básicos, como dar a medicação indicada em dia e consultar-se regularmente com o Reumatologista, também é importante:
- Cuidar do alívio das dores matinais, colocando água morna corrente nas articulações. Isso ameniza o desconforto da doença.
- O idoso deve mudar frequentemente de posição para não sobrecarregar determinadas articulações
- Evitar carregar objetos pesados ou fazer grandes esforços musculares
- Fazer exercícios físicos moderados, com a ajuda de um fisioterapeuta, para desacelerar os danos motores
- Fazer adaptações em casa, como instalar barras de apoio nos banheiros, corrimão, puxadores de porta de fácil manuseio, dentre outras.
- Prevenir quedas: retire tapetes e outros objetos escorregadios do caminho e, se possível, acompanhe o idoso durante as caminhadas para servir como suporte.
- Tenha um dispositivo de monitoramento: sobretudo para idosos com artrite que vivem sozinhos, é muito importante ter a pulseira de monitoramento. Caso o idoso se sinta mal, sofra uma queda ou tenha qualquer emergência, basta ele apertar o botão SOS no aparelho, que será conectado a uma Central de Monitoramento 24h. Os atendentes entendem a situação e enviam ajuda imediata. Essa velocidade no atendimento é crucial para salvar vidas!
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